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Resumo de Hoje:
🚀 O Baile da Bolsa: Ibovespa rompe os 158 mil pontos com recorde duplo e gringo comprando risco.
📉 Lucro x Dívida: Empresas vendem mais, mas lucram menos por conta dos juros na lua (e o crédito tá salgado pro consumidor também).
✈️ Inflação de Férias: IPCA-15 sobe puxado por passagens aéreas e a Black Friday promete ser de "bolso fechado".
🦁 Leão nas Criptos: Governo prepara cobrança de IOF para criptoativos pra tentar ajudar a fechar o rombo fiscal.
👴 Previdência em Perigo: Brasileiro não tá poupando pro futuro e os "tubarões" (Patria) estão apostando alto no mercado de crédito.
🤖 Tech & Roça: Cade investiga a Meta por bloquear concorrentes de IA no Zap, enquanto a Agroindústria recupera fôlego.
🇺🇸 Tensão na Gringa: Tiroteio em Washington assusta perto da Casa Branca, acendendo o alerta de segurança nos EUA.
Vamos lá: parece que o mercado financeiro resolveu finalmente sambar na cara da sociedade, no bom sentido. Tivemos recordes históricos, mas, como nem tudo são flores (ou caipirinhas), temos aquela "ressaca" moral com os juros altos e o governo caçando moeda no sofá pra fechar as contas. Eu vou te explicar tudo isso agora, traduzindo o "economês" chato para o nosso português claro, sem inventar moda e sem te dar dica de investimento furada. A ideia aqui é você entender o terreno onde está pisando, entendeu?
Se você olhou para a Faria Lima ontem, viu o pessoal sorrindo de orelha a orelha. O nosso querido Ibovespa (que é tipo o termômetro das principais ações do Brasil) resolveu que o céu é o limite e cravou um novo recorde duplo.
O que isso significa? Significa que ele bateu o recorde durante o dia (intradiário) chegando a 158.714 pontos, e fechou o dia também lá no alto, aos 158.555 pontos (alta de 1,70%). É aquele momento em que o gringo olha pro Brasil e fala: "I like this samba".
Mas por que essa euforia toda, cara pálida? Foi uma tempestade perfeita de coisas boas, tipo quando você acha vaga na sombra e o garçom traz a cerveja trincando ao mesmo tempo:
Apetite Global: O mundo todo acordou com vontade de tomar risco. A galera lá fora (investidores internacionais) estava otimista, e isso empurrou dinheiro para mercados emergentes, como o nosso "Brasilsão".
Juros no Radar: O mercado botou na cabeça que o tal do Fed (o Banco Central dos EUA) vai cortar os juros em dezembro e que o nosso Copom (aqui no Brasil) vai seguir o bonde e cortar a Selic a partir de janeiro. Juro caindo é música para o ouvido da Bolsa.
Liquidez Baixa: Aqui tem um detalhe técnico, mas fácil de entender. A Bolsa brasileira tá "pequena", com pouco volume de dinheiro circulando. Quando entra qualquer trocado de gringo, o preço dispara. É aquela lei da oferta e demanda na veia. Como disse o Fábio Fonseca, gestor da JGP: "Como a bolsa ficou muito pequena, qualquer gota de investimento do estrangeiro exacerba o movimento".
E não foi só a Bolsa que brilhou, não. O Dólar caiu (0,77%, cotado a R$ 5,33) e os juros futuros longos (aqueles que preveem quanto vai custar o dinheiro lá em 2027 ou 2031) deram uma bela relaxada.
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Vida Real: Lucro das Empresas e o Juro na Estratosfera 📉💸
Agora, sai do ar-condicionado da Bolsa e vem pra calçada quente da economia real. Enquanto o índice Ibovespa sobe, as empresas que compõem esse índice estão suando a camisa.
Saiu o balanço das empresas (os resultados financeiros delas) e o cenário é o seguinte: "Melhor do que o temido".
A receita (o quanto elas venderam) subiu 6,2%. Ótimo, né? O comércio tá girando.
PORÉM, o lucro (o que sobra no bolso) caiu quase 27%.
Ué, vendeu mais e lucrou menos? Que mágica é essa? O nome da mágica é Juros Altos (Selic a 15%, segundo o cenário atual). As empresas, assim como qualquer um, têm dívidas. Quando o juro sobe, a dívida fica mais cara. O estrategista do Itaú BBA mandou a real: o ganho operacional não foi suficiente para pagar o custo da dívida. Ou seja, a empresa trabalha, trabalha, mas o banco leva uma fatia maior do bolo.
E falando em banco levando fatia... o Banco Central soltou os dados de crédito e a coisa tá salgada pro consumidor comum também:
Os juros médios cobrados pelos bancos chegaram a 31,9% ao ano em outubro (maior patamar desde 2017!).
A inadimplência (galera que não pagou) bateu 4%.
O spread (a diferença entre o que o banco paga pra pegar dinheiro e o que ele te cobra pra emprestar) subiu para 20,8 pontos percentuais.
Resumo: A festa tá rolando na Bolsa por expectativa futura, mas no presente, o custo do dinheiro tá machucando tanto o CNPJ quanto o CPF.
A Inflação (IPCA-15) e o Preço do Verão ✈️🥵
Falando em machucar o bolso, vamos falar de inflação? Saiu o IPCA-15 de novembro (que é uma prévia da inflação oficial). Ele subiu 0,2%.
"Pô, 0,2% é pouco, não é?" Calma, gafanhoto. O problema é o acumulado. Em 12 meses, a inflação bateu 4,5%, encostando no teto da meta. O sinal amarelo acendeu.
Quem são os vilões? Se você tá planejando viajar, senta aí. As passagens aéreas subiram quase 12% só agora em novembro! Sozinhas, elas foram responsáveis por 40% da inflação do mês. Pacote turístico e hospedagem também subiram forte. Ou seja: o "projeto verão" vai custar mais caro.
Por outro lado, tivemos alívio em alimentação e bens industriais. É um cenário misto:
Serviços (mão de obra, turismo) = Preço subindo.
Produtos (geladeira, roupa) = Preço mais controlado.
Isso reflete na Black Friday. Pesquisas mostram que o brasileiro está desconfiado. Muita gente diz que não vai comprar (57,5%), e quem vai comprar está condicionando tudo ao preço. A galera tá endividada e, com o juro lá no alto que a gente viu no tópico anterior, ninguém quer fazer loucura. O consumidor tá racional, tá "X-Burger sem salada" pra economizar.
O Leão tá com fome: Tributo nas Criptos e o Cofre do Governo 🦁🪙
Agora, conecta os pontos comigo: O governo gasta muito + a dívida é alta = O governo precisa arrecadar mais. E onde o Leão da Receita Federal tá mirando agora? Nas suas criptomoedas.
É isso mesmo, meu chapa. O Ministério da Fazenda confirmou que vai meter IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) nas transações com criptoativos. O Banco Central já regulamentou, exigindo que as corretoras reportem tudo, e agora a Fazenda vai passar a sacolinha. Ainda não definiram a alíquota (a porcentagem), mas já avisaram: vai ter imposto.
Por que isso agora? Dá uma olhada nas contas do governo:
Em outubro, tivemos um superávit primário de R$ 36,5 bilhões (gastamos menos do que arrecadamos no mês). "Aê, festa!" 🎉
SÓ QUE, no acumulado do ano, estamos com um déficit de mais de R$ 63 bilhões. "Ih, ferrou." 📉
As despesas estão crescendo mais que as receitas (9,2% de aumento real nos gastos em outubro). O governo tá fazendo malabarismo, contingenciando (bloqueando) gastos aqui e ali para tentar fechar o ano perto da meta de déficit zero (ou pelo menos dentro da margem de tolerância). Então, taxar o Bitcoin e as stablecoins é uma das formas de tentar tapar esse buraco.
Aposentadoria: Quem não guarda, dança (e os Tubarões sabem disso) 👴🦈
Se o governo tá com dificuldade de fechar a conta dele, o brasileiro tá pior ainda pensando no futuro. Saiu um estudo assustador: Dois em cada três brasileiros não têm nenhuma reserva para a aposentadoria.
É sério. Mesmo entre quem tem mais de 50 anos, menos da metade tem previdência privada. E os dados da Fenaprevi mostram que a galera tá sacando dinheiro dos fundos de previdência, em vez de colocar. Resgate líquido de R$ 31 bilhões no ano! O pessoal tá "comendo" o futuro pra pagar o presente.
Onde entra o "Smart Money" (o dinheiro esperto) nisso? Enquanto a "sardinha" (o pequeno investidor) saca dinheiro e não poupa, os "tubarões" estão se posicionando. O Patria Investimentos (uma gestora gigante) comprou 51% da Solis, que é especialista em FIDCs (Fundos de Investimento em Direitos Creditórios).
Traduzindo: O Patria sabe que existe uma demanda gigante por crédito no Brasil (estimada em R$ 9 trilhões!). Como os bancos estão cobrando caro e o povo/empresas precisam de dinheiro, o mercado de crédito privado (via fundos) vai explodir. Eles estão comprando a estrutura para lucrar emprestando dinheiro ou estruturando dívidas.
A lição aqui é clara: O grande gestor está apostando que o Brasil vai continuar precisando de muito crédito. Se você não fizer sua reserva, vai acabar pagando juros para eles no futuro. Fica esperto!
Tretas Tecnológicas e Agro: Onde o Dinheiro Brota 🌱🤖
Enquanto a gente discute juros e aposentadoria, dois setores seguem caminhos opostos de "emoção":
No Tech (A Briga de Foice): O Cade (que é o juiz da concorrência no Brasil) abriu investigação contra a Meta (dona do WhatsApp, Facebook, Instagram). A suspeita? Que a Meta estaria proibindo outras IAs de funcionarem no WhatsApp para favorecer a IA dela. Se provarem isso, é multa pesada e dor de cabeça pro tio Zuck. É a briga pelo futuro da Inteligência Artificial no seu celular.
No Agro (A Recuperação): Já no campo, a coisa tá melhorando. A agroindústria cresceu 2,3% em setembro, recuperando as perdas dos meses anteriores.
Destaque para alimentos (carnes, óleos, arroz, café).
Motivo: Mercado interno comendo mais e exportações firmes, mesmo com as ameaças de tarifas lá fora. O agro continua sendo aquele motorzão que, mesmo quando engasga, não para de girar.
Tensão em Washington: O Mundo não é um lugar calmo 🇺🇸🔫
Para fechar nosso giro, temos que olhar para fora, porque o que acontece lá impacta o nosso dólar e a nossa Bolsa aqui (lembra do "apetite a risco" do primeiro tópico?).
O clima pesou em Washington. Dois soldados da Guarda Nacional foram baleados perto da Casa Branca. O suspeito é um afegão que entrou nos EUA em 2021. As motivações ainda não estão claras, mas o incidente gerou tensão imediata, fechando a Casa Branca temporariamente.
Apesar do susto, o mercado americano seguiu operando (bolsas subiram), mas esses eventos de segurança sempre acendem um alerta.
Resumo da Ópera
É isso, meus amigos! Fechando a conta e pedindo a saideira. O resumo da ópera é que estamos vivendo aquele momento "dia de praia com bandeira vermelha": o visual tá lindo, a Bolsa tá batendo recorde e o gringo tá animado, mas se você entrar no mar sem saber nadar (leia-se: se endividar achando que tá tudo ganho), a correnteza dos juros e da inflação te leva.
Não se deixe levar apenas pela manchete da vitória. O mercado antecipa a festa, mas a economia real ainda tá pagando o buffet. Para manter a cabeça no lugar, fiquem com a sabedoria de Ray Dalio, fundador da Bridgewater e um dos maiores gestores de fundos hedge da história:
"A economia é como uma máquina. Num nível fundamental, é uma máquina relativamente simples. Mas muitas pessoas não a entendem, ou não concordam sobre como ela funciona, e isso tem levado a muito sofrimento econômico desnecessário."
Ou seja: não seja a pessoa que sofre desnecessariamente. Entenda a máquina, ajuste seu orçamento, comemore o Ibovespa, mas mantenha o pé no chão (ou na areia).
Ray Dalio é o bilionário que criou a Bridgewater, gestora com mais de US$ 160 bilhões sob gestão e mais de US$ 20 bilhões acumulados em ganhos para seus investidores.
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Até amanhã!
