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Na notícia de hoje:

🗳️ A Largada para 2026: O Ibovespa sonha com os 200 mil pontos, mas o fantasma das eleições e o ajuste fiscal já estão assombrando o mercado.

📉 O Mundo Invertido: A gigante Oracle ficou mais "arriscada" que o Brasil? Entenda essa loucura do mercado de crédito.

🕊️ Paz na Ucrânia x Petróleo: As negociações de cessar-fogo avançam e o preço do barril despenca.

💵 Dólar Teimoso: A moeda americana subiu um pouquinho, ignorando a queda lá fora. Culpa das commodities e do nosso calendário.

🍎 Techs com Ressaca: Wall Street fechou em baixa, com o setor de tecnologia sentindo o peso dos investimentos caros em IA.

⛓️ O Futuro é Tokenizado: J.P. Morgan entrou de cabeça no Ethereum. O dinheiro "velho" abraçou a tecnologia nova.

🇪🇺 Europa Otimista: Enquanto o resto do mundo roía as unhas, as bolsas europeias subiram esperando os Bancos Centrais.

Sabe aquela sensação de quando você está no trânsito da Avenida Brasil, tudo fluindo bem, mas o Waze já avisa que tem um acidente 5km à frente? O mercado está exatamente assim.

Estamos vivendo um momento de expectativa versus realidade. De um lado, temos a promessa de juros caindo (o que é música para os nossos ouvidos e colírio para a Bolsa). Do outro, temos a realidade política e fiscal batendo na porta mais cedo do que visita chata em domingo de manhã.

O dia foi marcado por baixo volume de negociações — clima de fim de ano, aquela preguiça pré-Natal —, mas os movimentos foram cirúrgicos. O investidor está operando com o freio de mão puxado, olhando para 2026 como se fosse amanhã, e reagindo a qualquer notícia geopolítica com a sensibilidade de quem tem pele queimada de sol. Vamos destrinchar isso agora, peça por peça.

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Política

1. O Sonho dos 200 Mil Pontos e o "Samba do Crioulo Doido" Político 🇧🇷🎢

Olha só, se tem uma coisa que o mercado gosta é de fazer conta de padaria para o futuro. E as contas para o Ibovespa (a nossa Bolsa) estão variando mais que humor de torcedor em final de campeonato.

O que está rolando? O pessoal da Faria Lima (bancos e corretoras) soltou as projeções para o fim de 2026. A média da galera aponta para 177.500 pontos. Isso daria uma alta de uns 10% frente ao que temos hoje. Mas, como no Rio, tem gente vendo o copo meio cheio e gente vendo o copo quebrado.

Os Otimistas (Monte Bravo): Falam em 225 mil pontos.

Os Pessimistas: Veem a bolsa travada em 167 mil pontos ou até caindo para 100 mil se o bicho pegar.

O "X" da Questão: A Política e o Ajuste Fiscal Lembra que eu falei do jogo de xadrez? Pois é. O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) foi anunciado como pré-candidato, e o David Beker, do Bank of America (BofA), chamou isso de um "wake-up call" (um despertador tocando alto na orelha do investidor).

Por que isso importa para o seu bolso? O mercado não tem partido, o mercado tem bolso. A preocupação não é "quem" ganha, mas "o que" o ganhador vai fazer com as contas do governo.

1. Cenário dos Sonhos: O governo (seja o atual ou o próximo) faz um ajuste fiscal sério, para de gastar mais do que arrecada. Resultado: Juros caem, dólar acalma, Bolsa vai a 225 mil pontos.

2. Cenário de Pesadelo: O ajuste é ignorado, a dívida explode. Resultado: Juros sobem para segurar a inflação, Bolsa cai para 100 mil pontos.

O Alexandre Mathias, da Monte Bravo, foi cirúrgico: "O ajuste fiscal é inevitável". A dúvida é se vai ser feito por bem (planejado) ou por mal (na crise). O mercado já está precificando essa incerteza agora, dois anos antes da eleição. É aquela história: o carioca sai de casa com guarda-chuva mesmo com sol, porque vai que...

Crédito

2. O Mundo Invertido: Oracle com Mais Risco que o Brasil? 🤖⚠️

Essa aqui é para cair o queixo. Você conhece a Oracle, gigante de tecnologia americana, certo? E conhece o Brasil, nosso amado país com histórico de contas bagunçadas.

Pois bem, no mercado de crédito, hoje é considerado mais arriscado emprestar dinheiro para a Oracle do que para o governo brasileiro.

Traduzindo o "Economês": O CDS Existe um instrumento chamado CDS (Credit Default Swap). Pense nele como um "seguro contra calote". Se o seguro é caro, é porque a chance de bater o carro (dar calote) é alta.

CDS do Brasil (5 anos): 135 pontos-base.

CDS da Oracle (5 anos): 146,50 pontos-base (máxima histórica!).

Por que isso aconteceu? A culpa é da tal da Inteligência Artificial (IA). As empresas estão gastando rios de dinheiro (o tal do Capex) para construir servidores, data centers e chips. O mercado olhou para a conta da Oracle e pensou: "Amigão, você está gastando demais. E se essa IA não der lucro logo?". Isso virou o maior hedge (proteção) de Wall Street. Quem quer apostar contra a bolha de IA, está comprando seguro contra a dívida da Oracle. É um sinal amarelo piscando forte no setor de tecnologia: o crescimento custa caro, e a conta chegou.

Petróleo

3. Petróleo em Queda: A Paz Custou Barato? 🕊️🛢️

Se você abasteceu o carro hoje, talvez não tenha sentido ainda, mas o preço do petróleo levou um tombo. O Brent (referência mundial) caiu para a casa dos US$ 60, e o WTI foi para US$ 56.

O Motivo: Geopolítica e China Aqui temos uma "tempestade perfeita" para derrubar preços:

Cessar-fogo na Ucrânia: O presidente Zelensky disse que as conversas com os EUA foram "muito construtivas". O mercado já sonha com o fim da guerra.

A lógica econômica: Se a paz vier, as sanções ao petróleo russo podem cair. Isso significa mais petróleo russo inundando o mercado. Mais oferta = preço menor.

China "Devagar, Quase Parando": Saíram dados econômicos fracos da China. Como eles são os maiores compradores de commodities do mundo, se a China espirra, o petróleo pega pneumonia.

Para o Brasil, que tem a Petrobras com peso enorme na Bolsa, isso é um fator de pressão. Petróleo barato é bom para a inflação (gasolina cai), mas ruim para os lucros das petroleiras e para a arrecadação do governo.

Dólar

4. Dólar: Aquele Hóspede que Não Vai Embora 💵⬆️

O dólar fechou o dia em leve alta, cotado a R$ 5,42. "Ué, mas o petróleo caiu e os juros lá fora podem cair, por que o dólar subiu?"

Excelente pergunta! O mercado de câmbio hoje foi guiado por dois fatores:

O Efeito Commodities: Como eu disse acima, o petróleo caiu. Moedas de países que vendem commodities (como o Real, o Peso Colombiano, o Peso Chileno) tendem a se desvalorizar quando o preço do que a gente vende cai. É a lei da oferta e procura básica.

Sazonalidade (A época do ano): Fim de ano é época de empresas multinacionais mandarem lucros para fora. Isso gera uma saída de dólares do país. Menos dólar aqui = preço do dólar sobe.

Apesar dos nossos juros altos (Selic) atraírem capital, esse fluxo de saída e o medo global seguraram a moeda americana lá em cima.

Techs

5. Wall Street: Ressaca Tecnológica e Espera de Dados 📉🍎

As bolsas de Nova York fecharam no vermelho. Nada dramático, mas aquele "vermelho chato".

Nasdaq (Tech): Caiu 0,59%.

S&P 500: Caiu 0,16%.

O Vilão: De novo, as Big Techs. A Broadcom caiu mais de 5%, a Arm quase 5%. O mercado está num momento de "digestão". Subiu muito com a promessa da IA, e agora está cobrando resultados. Além disso, o volume de negociação foi baixo. Quando tem pouca gente operando, qualquer venda maior faz o preço oscilar mais.

O que eles estão esperando? Dados de emprego (Payroll) e inflação (CPI) que saem ao longo da semana. O mercado americano está igual a criança esperando o boletim escolar: quer saber se a economia esfriou o suficiente para o Banco Central (Fed) continuar cortando os juros. Até lá, ninguém faz movimentos bruscos.

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Tokens

6. J.P. Morgan e o Ethereum: O Dinossauro Virou Tech? 🏦⛓️

Essa notícia é fascinante para quem gosta de inovação. O J.P. Morgan, talvez o banco mais tradicional do mundo, lançou um fundo de mercado monetário tokenizado na rede Ethereum.

O que diabos é isso? Imagine um fundo de investimento normal. Agora, em vez de ser um registro num papel ou num sistema antigo do banco, ele é um "token" digital (uma criptomoeda lastreada) numa blockchain.

Nome do Fundo: MONY (criativo, não?).

A Grande Sacada: Tokenizar permite transações quase instantâneas, 24 horas por dia, 7 dias por semana.

Isso mostra que a tecnologia das criptomoedas (Blockchain) venceu. Não importa se o Bitcoin sobe ou desce, a tecnologia por trás dele está sendo adotada pelos donos do dinheiro. É o casamento da segurança de Wall Street com a velocidade da internet. O banco vai colocar US$ 100 milhões do próprio bolso para começar. É o futuro batendo na porta, meus amigos.

Exterior

7. Europa: O Oásis de Otimismo 🌍📈

Para fechar o nosso giro, a Europa foi a "diferentona" do dia. Enquanto EUA e Ásia sofriam, as bolsas europeias subiram.

Stoxx 600 (Geral): +0,74%.

Londres (FTSE): +1,06%.

Por que a alegria? A Europa sofreu muito mais com a guerra na Ucrânia e com a inflação de energia. Qualquer notícia de paz (como a que vimos hoje) beneficia a Europa desproporcionalmente. Além disso, a expectativa é que o Banco Central Europeu (BCE) corte juros. Lá, o setor financeiro (bancos) puxou a alta. É o velho continente mostrando que ainda tem fôlego, especialmente quando o vento da geopolítica sopra a favor.

☕Resumo da Ópera

O mercado financeiro hoje nos ensinou que preço é o que você paga, valor é o que você leva, e risco é o que você não vê.

Temos um cenário de curto prazo travado (esperando dados nos EUA e liquidez baixa de fim de ano) e um cenário de longo prazo (2026) que já começou a ser precificado com uma dose cavalar de cautela fiscal e política.

A lição de hoje, com a história da Oracle e do Brasil, é que ninguém é "seguro demais" para ser questionado. E com a tokenização do J.P. Morgan, aprendemos que quem não se adapta, fica para trás.

Para nós, investidores pessoas físicas, o momento pede sangue frio. Não é hora de sair vendendo tudo porque o Flávio Bolsonaro virou candidato, nem de comprar tudo porque a Ucrânia pode assinar a paz. É hora de olhar para a qualidade dos ativos. Empresas boas, que geram caixa, sobrevivem a governos de esquerda, de direita e até a "bolhas" de inteligência artificial.

Mantenha a carteira diversificada. Um pouco de proteção em dólar, um pouco de renda fixa (aproveitando esses juros que insistem em ficar altos) e ações de empresas sólidas.

Para encerrar com chave de ouro, deixo uma frase que resume bem essa nossa necessidade de disciplina fiscal e a eterna volatilidade brasileira. Como diria o mestre André Jakurski, o fundador da JGP:

"O mercado financeiro é um cemitério de valentes. A primeira regra é sobreviver; a segunda é ganhar dinheiro."

André Jakurski é um dos investidores e gestores de recursos mais respeitados do mercado financeiro brasileiro

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