In partnership with

Resumo de Hoje:

  • 🚀 O "Baile" do Ibovespa: A bolsa mirando os 160 mil pontos com o gringo pagando a conta.

  • 📉 O Drama da Hapvida: Governança duvidosa, recompra de ações e o mercado perdendo a confiança.

  • 📦 Guerra dos Galpões: A disputa ferrenha por espaço logístico entre Shopee e Mercado Livre.

  • 🚜 Agro e Geopolítica: A alta da soja impulsionada pelo "destrave" entre Trump e China.

  • 🌡️ A Economia da Menopausa: Um mercado bilionário de saúde e bem-estar saindo das sombras.

  • 🌍 Xadrez Mundial: Trump isolando a Venezuela e a Suíça rejeitando taxar grandes fortunas.

  • 💸 O Bolso em 2026: A isenção de IR prometida por Lula e o impacto na inflação e consumo.

Se a economia fosse um filme, o roteiro desta semana seria um thriller digno de Oscar, misturando euforia, tensão e reviravoltas de cair o queixo. Estamos vivendo um momento peculiar onde o Ibovespa ensaia um rali histórico rumo aos 160 mil pontos, bancado pelo capital gringo que aposta na queda dos juros, enquanto, na contramão, gigantes como a Hapvida derretem por falhas de governança que deixaram o mercado de cabelo em pé. Mas o dinheiro não dorme: ele está migrando para a guerra logística de galpões entre Shopee e Mercado Livre, surfando na alta da soja impulsionada pelo xadrez geopolítico de Trump e Xi Jinping, e até descobrindo minas de ouro em mercados inexplorados e bilionários, como o da menopausa.

Adicione a isso a tensão internacional com a Venezuela e a promessa de R$ 28 bilhões injetados no bolso do brasileiro com a nova isenção de IR para 2026, e temos um prato cheio. A mesa tá posta, o cenário é de volatilidade com oportunidades pontuais, e quem não entender o contexto vai acabar pagando a conta do jantar sozinho.

O Baile da Bolsa Brasileira: A Festa dos 160 Mil Pontos (Com Convite Vip para Gringos) 🚀

Galera, vamos começar pelo que brilha os olhos: o Ibovespa. Se a bolsa fosse uma escola de samba, ela estaria entrando na avenida com a bateria nota 10. O índice já subiu mais de 32% no ano! Isso é muita coisa. Tem gestor brasileiro que ficou "moscando", cauteloso demais, e acabou perdendo o bonde da história, vendo a banda passar.

Mas calma, não sai comprando tudo que vê pela frente achando que é Black Friday. A parada é seletiva.

O que tá acontecendo? O mercado tá otimista achando que o Ibovespa pode bater 160 mil ou até 165 mil pontos. Mas o segredo aqui é o seguinte: não é uma "alta democrática". Não é todo mundo que vai ganhar dinheiro. O estrategista do Itaú BBA mandou a real: o rali deve ser focado em empresas que têm "tendência estrutural de alta".

Traduzindo: sabe aquele time que tá entrosado, ganhando todas? É nessas empresas que a galera tá de olho. Bancos (tipo Itaú e Santander) e empresas de utilidade pública (energia, água) estão com a bola toda. Já as empresas menores ("small caps") e o setor de consumo deram uma engasgada recente.

O Fator Gringo e os Juros Quem tá pagando a rodada de chopp nessa festa é o investidor estrangeiro. Só em novembro (até o dia 27), os gringos botaram R$ 28,1 bilhões na nossa bolsa. Por que eles tão vindo pra cá?

  1. Juros nos EUA: O banco central americano (Fed) deve cortar os juros lá (87% de chance de corte agora em dezembro). Quando o juro lá cai, o dinheiro sai de lá procurando rendimento melhor... e aterrissa aqui.

  2. Juros no Brasil (Selic): A expectativa é que a gente comece a cortar os juros aqui no Brasil lá pra janeiro ou março de 2026.

Resumo da ópera: O cenário é de otimismo, mas com "dispersão". Ou seja, escolha bem o ativo, ou você vai ficar segurando o pincel enquanto os outros pintam a parede.

Learn how to make every AI investment count.

Successful AI transformation starts with deeply understanding your organization’s most critical use cases. We recommend this practical guide from You.com that walks through a proven framework to identify, prioritize, and document high-value AI opportunities.

In this AI Use Case Discovery Guide, you’ll learn how to:

  • Map internal workflows and customer journeys to pinpoint where AI can drive measurable ROI

  • Ask the right questions when it comes to AI use cases

  • Align cross-functional teams and stakeholders for a unified, scalable approach

A Ressaca da Hapvida: Governança, Queda Livre e "Climão" no Mercado 📉💊

Agora, saindo da festa e indo pro pronto-socorro. A situação da Hapvida tá mais complicada que nó em fone de ouvido. As ações da empresa tomaram um tombo histórico: caíram 42% num dia e, não satisfeitas, continuaram caindo, acumulando quase 55% de queda no mês.

O que pegou? O balanço financeiro do 3º trimestre veio ruim. O mercado olhou e falou: "Ih, rapaz, não gostei". A ação despencou. Pra tentar segurar o preço, a empresa anunciou que ia recomprar as próprias ações (isso se chama buyback). É tipo quando você tenta rir da sua própria piada pra ver se alguém ri junto.

Só que aí veio o problema de "etiqueta" (ou governança corporativa, no termo chique). A família controladora (os donos) comprou ações na pessoa física no mesmo dia que a empresa anunciou a recompra.

  • Por que isso é feio? Porque parece que eles tinham informação privilegiada ou que tavam tentando segurar o preço "na marra". O gringo, que é chato com regra (o tal do "compliance"), olhou torto.

  • Consequência: A confiança sumiu. Tem gestor achando que a empresa pode até fechar o capital (sair da bolsa) porque tá barata demais em relação ao que ela tem de patrimônio (vale R$ 8 bi na bolsa, mas tem R$ 18 bi em ativos/caixa).

A lição aqui é: confiança no mercado financeiro é igual vidro. Quebrou, já era.

A Guerra dos Galpões: Shopee vs. Mercado Livre 📦🥊

Saindo da saúde e indo pro consumo. Sabe quando você compra aquela capinha de celular de R$ 15 e ela chega na sua casa? Tem uma guerra logística insana por trás disso.

A Black Friday foi um sucesso e mostrou uma tendência clara: quem manda no pedaço agora são os marketplaces. Shopee e Mercado Livre foram responsáveis por 90% de toda a área de galpões alugada no último trimestre. Noventa por cento! É um duopólio logístico.

  • Mercado Livre: É o rei do camarote, com 3,39 milhões de m² de galpões. Eles dominam os galpões grandes num raio de 30-50km de SP (pra entrega rápida).

  • Shopee: É a desafiante que tá crescendo igual massa de pão no calor. Eles quadruplicaram a área locada de 2023 pra cá. Já passaram a Amazon, a Magalu e a Via (Casas Bahia).

Isso mostra que o hábito de consumo do brasileiro mudou pra valer. A briga agora é por metro quadrado pra guardar mercadoria e entregar "pra ontem". Se você acha que vê muita motinha de entrega na rua hoje, espere 2026.

Soja, Trump e Xi Jinping: O Triângulo Amoroso do Agro 🚜

Enquanto a gente briga por cupom de desconto, o "Brasilzão" do interior tá de olho em Chicago. O preço da soja subiu quase 8% em novembro. E sabe quem ajudou? O encontro entre o Donald Trump e o Xi Jinping (presidente da China).

A Lógica do Campo: A China precisa de soja. Os EUA tinham soja parada. Depois que os chefes conversaram, "destravou" o embarque. Isso movimenta o mercado futuro. Quando a demanda pela soja americana aumenta, o preço sobe na bolsa de Chicago, e isso reverbera no mundo todo, inclusive aqui.

É o tal do "efeito borboleta": dois presidentes apertam as mãos lá no outro lado do mundo, e o preço da saca muda no Mato Grosso. O agro não para, e a safra 2025/26 já tá prometendo ser disputada.

Menopausa: O Mercado de Bilhões que Ninguém Via 🌡️💰

Mermão, se liga nessa visão de mercado. A menopausa, que sempre foi um assunto meio tabu, meio "coisa de vó", virou a nova fronteira do dinheiro. Estamos falando de um mercado estimado em US$ 24,4 bilhões até 2030.

Por que agora?

  1. Demografia: O mundo tá envelhecendo. Até 2030, 1,2 bilhão de mulheres estarão na menopausa. No Brasil, são 30 milhões.

  2. Quebra de Tabu: Michelle Obama falando de calorão em podcast, Boticário fazendo estudo sobre olfato na menopausa... o assunto virou mainstream.

  3. Poder de Compra: Mulheres maduras, muitas no auge da carreira, com dinheiro no bolso, querendo produtos que resolvam o problema delas.

Não é só remédio não. É cosmético, é tecnologia, é serviço. É a "Silver Economy" (economia prateada) mostrando que não dá pra ignorar quem tem mais de 50 anos. Quem investir nisso agora, tá plantando em terreno fértil.

Geopolítica: Xadrez Global e Impostos na Suíça 🌍♟️

Aqui o bicho pega e o papo fica sério. Primeiro, vamos falar do Trump (de novo ele). O homem fechou o espaço aéreo pra Venezuela e tá trocando ideia com o Maduro. A teoria da conspiração (que faz sentido) é a seguinte: Trump quer dividir o mundo em "áreas de influência", estilo Guerra Fria.

  • EUA ficariam com as Américas (e o petróleo da Venezuela).

  • Rússia ficaria com a Ucrânia/Leste Europeu.

  • China ficaria com a Ásia (Taiwan).

Enquanto isso, na Suíça, o povo foi às urnas votar se queria taxar em 50% as heranças acima de US$ 62 milhões. E adivinha? 78% disseram NÃO. Isso mesmo. O povo rejeitou taxar os super-ricos. O argumento? Medo de fuga de capital (os ricos irem embora) e de perder arrecadação no total. É interessante ver como a mentalidade muda de país pra país. Na Suíça, a estabilidade econômica falou mais alto que a redistribuição de renda na marra.

Brasil 2026: Isenção de IR e a "Injeção" na Economia 💸

Pra fechar nosso tour, voltamos pra Brasília. O Lula anunciou em rede nacional a isenção de Imposto de Renda pra quem ganha até R$ 5 mil. Segundo o governo, isso vai deixar R$ 28 bilhões no bolso do povo em 2026 (ano de eleição, não esqueça).

O lado bom: Mais dinheiro no bolso = mais consumo = roda da economia girando. O trabalhador que ganha R$ 4,8 mil vai economizar uns R$ 4 mil por ano. É um "14º salário". O lado "fique esperto": O Banco Central tá tentando segurar a inflação com juros altos (Selic a 15% no cenário hipotético do texto, mas na vida real tá alta também). Se você joga R$ 28 bilhões de consumo na praça, a inflação pode querer subir, o que dificulta a queda dos juros.

O governo diz que vai compensar isso taxando os super-ricos (aqueles que ganham mais de R$ 1 milhão/ano). É a tal da "justiça tributária". A briga vai ser boa, e o impacto no seu bolso, seja pelo alívio no imposto ou pelos juros, vai ser sentido.

O Resumo da Ópera 🎭

Meus amigos, o cenário é de oportunidade com cautela. Temos uma bolsa pronta pra decolar impulsionada pelos juros globais, mas com riscos domésticos e corporativos (vide Hapvida) que exigem atenção. O mundo tá se realinhando geopoliticamente, e novos mercados (como o da menopausa e logística) estão surgindo debaixo do nosso nariz.

Como economista, minha dica (que não é dica de investimento, é dica de vida) é: não siga a manada. Estude o contexto. Se o gringo tá comprando, entenda o porquê. Se a empresa tá recomprando ação, veja se faz sentido.

Para encerrar com chave de ouro, deixo vocês com a sabedoria de Howard Marks, gestor da Oaktree Capital e um dos investidores mais respeitados do mundo, que resume bem o nosso momento de euforia na bolsa e cautela com os fundamentos:

"Você não pode prever. Mas você pode se preparar. A coisa mais importante não é saber o que o futuro reserva, mas sim saber como reagir ao que o futuro trouxer."

Howard Marks é um dos maiores investidores do mundo, cofundador da Oaktree Capital, famoso por transformar complexidade em clareza ao explicar ciclos de mercado e riscos com uma precisão quase cirúrgica.

🖼️ Quer anunciar para os nossos mais de 36 mil leitores? É só clicar aqui.

Até amanhã!

Confira também

No posts found